2015/OUTUBRO – curso gratuito de meditação com convidada da Nova Zelândia

Palestras de meditação em Niterói e Rio de Janeiro

HaritaConvidamos a todos os leitores para assistirem às palestras de Harita Davies, da Nova Zelândia. Harita medita há 20 anos, sob a orientação do Mestre espiritual Sri Chinmoy.  Maratonista (completou inúmeras maratonas), ultra maratonista (completou no último Abril, a corrida de 10 dias em Nova York), já correu em vários países a Corrida da Paz (peacerun.org). Nadadora (fez a travessia de revezamento do Canal da Mancha), Harita vem usando os esportes, especialmente a corrida, como mais uma ferramenta de concentração e disciplina, somados à sua vida espiritual e trajetória dentro do universo da Meditação.

Seu pensamento: “Nos últimos anos, a conexão entre corrida e espiritualidade se tornou mais considerada. Muitos corredores estão familiarizados com experiências de paz, êxtase e profundidade, apenas para citar alguns nomes, do que são, de fato, experiências espirituais.”

Harita virá ao Brasil (Niterói, Rio e SP), especialmente para falar sobre o tema de que mais gosta: meditação!

Quarta e quinta em Niterói (UFF) e sexta no Rio (Copacabana).

  • Para saber maiores informações sobre as palestras em Niterói, ligue para: 2612-1069; 
  • Para informações sobre a palestra no Rio, ligue para: 969115415 ou 995691260.

As palestras são sempre gratuitas!

JUN/2015 – Curso de meditação gratuito em Niterói

buda meditação


 

“MEDITATION, LIKE AN ANGEL, CAME

TO ENLIGHTEN HIS MIND,

TO LIBERATE HIS HEART,

TO IMMORTALISE HIS LIFE.”

– Sri Chinmoy

 


 

Temos a satisfação de convidá-lo para mais um curso de Meditação em Niterói!

Ele terá aulas inaugurais na UFF, no fim de junho, palestras ministradas por Ashirvad Zaianthick, brasileiro, aluno de Sri Chinmoy há 19 anos, e que há 15, viaja pelo mundo, dando palestras sobre este tema. Ashirvad já esteve algumas vezes em Niterói com este mesmo fim, ou seja, despertar nos corações niteroienses, a alegria que representa este mergulho em nosso próprio self, através da Meditação. Esperamos por você! É só ligar e se inscrever!

Contato e inscrições: 2612-1069


 

“MEDITATION

IS THE LIBERATOR

OF SELF-LIMITATION.”

– Sri Chinmoy

30+ VÍDEOS relacionados à meditação

Meditação e Concentração: o arco e a flecha

textos de Sri Chinmoy, em particular do livro Meditação, da editora Pensamento

 

Sua mente é

A flecha de concentração

Seu coração é

O arco de meditação.

Sua alma é

O alvo de contemplação.

 

– Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, Part 63, Agni Press, 1983, tradução

 

srichinmoylifts3081lbsO arco e a flecha

A concentração é a flecha. A meditação é o arco.

Ao nos concentrarmos, focalizamos todas as nossas energias em algum assunto ou objeto com a intenção de desvendar os seus mistérios. Quando meditamos, nos erguemos de nossa consciência limitada para uma consciência mais elevada, em que a vastidão do silêncio reina suprema.

A concentração quer dominar o conhecimento que ela busca. A meditação quer se identificar com o conhecimento que ela procura.

A concentração não deixa que a perturbação – o gatuno – entre no seu arsenal. A meditação deixa que ela entre. Para quê? Apenas para pegar o ladrão em flagrante.

A concentração é a comandante que ordena que a consciência dispersa fique atenta.

A concentração e a total persistência não só são guerreiras divinas inseparáveis, mas também interdependentes.

A concentração desafia o inimigo para um duelo e luta contra ele. A meditação, com seu sorriso silencioso, abranda o desafio do inimigo.

A concentração diz para Deus: “Pai, estou indo a ti”. A meditação diz para Deus: “Pai, venha até mim”.

Um aspirante tem duas mestras legítimas: a concentração e a meditação. A concentração é rígida com o aluno. A meditação é rígida às vezes. Mas ambas são enfaticamente interessadas no progresso do estudante.

 

gratidao-alegria-puraO poder da concentração

Concentração significa vigilância e atenção interior. Há ladrões à nossa volta e dentro de nós. Medo, dúvida, preocupação e ansiedade são ladrões interiores que estão tentando roubar o nosso equilíbrio interior e a nossa paz de espírito. Quando aprendemos a nos concentrar, é muito difícil para essas forças entrarem em nós. Se a dúvida entrar na nossa mente, o poder da concentração vai dilacerá-la. Se o medo entrar na nossa mente, o poder da concentração vai expulsá-lo. Hoje, somos vítimas de pensamentos sombrios, obscuros, destrutivos. Todavia, chegará um dia em que, com a força de nossa concentração, os pensamentos perturbadores terão medo de nós.

A concentração é a vontade dinâmica da mente que opera na nossa existência para que aceitemos a luz e rejeitemos a escuridão. É como se fosse uma guerreira divina dentro de nós. O que a concentração pode fazer na nossa vida de aspiração é inimaginável. Ela pode facilmente separar o inferno do Paraíso, para que possamos viver no constante deleite do céu, e não nas preocupações, ansiedades e torturas perpétuas do inferno, enquanto estamos aqui na Terra.

A concentração é a maneira mais segura de alcançar o nosso objetivo, seja ele a compreensão de Deus ou a mera satisfação de nossos desejos mundanos. Um aspirante verdadeiro, mais cedo ou mais tarde, vai obter o poder da concentração, seja pela graça de Deus, pela prática constante ou pela própria aspiração.

 

eumetorneiA vontade indomável da alma

Ao nos concentrarmos, somos como um projétil entrando em algo, ou como um ímã atraindo o objeto de concentração para a nossa direção. Nessa hora, não deixamos que nenhum pensamento entre na nossa mente, seja ele divino ou não-divino, mundano ou celestial, bom ou ruim. Na concentração, a mente inteira precisa estar focalizada num objeto ou assunto específico. Se estivermos nos concentrando na pétala de uma flor, devemos tentar sentir que nada mais existe no mundo, mas apenas a pétala. Não olhamos nem para frente nem para baixo, para cima ou para dentro. Procuramos apenas assimilar o objeto com a nossa concentração unidirecionada. Essa não é uma maneira agressiva de entrar em alguma coisa. Essa concentração vem diretamente da vontade indomável da alma, ou da força de vontade.

Quando quiser praticar a concentração em algum objeto, você deve escolher algo que transmita alegria imediatamente. Se você tiver um Mestre, o retrato dele dará alegria imediata. Se não tem um Mestre, escolha algo que seja muito belo, divino e puro, como uma flor, por exemplo.

Nós nos concentramos com o unidirecionamento da mente iluminadora. Nós meditamos com a vastidão expansiva do coração. Nós contemplamos com a unicidade plena da alma.

 

pink-rose-400x240Concentração a partir do coração

Muitas vezes, ouço aspirantes dizerem que não conseguem se concentrar por mais do que cinco minutos. Depois de cinco minutos, eles ficam com dor de cabeça ou sentem que a própria cabeça está pegando fogo. Por quê? Porque o poder da concentração deles está vindo da mente intelectual ou – podemos dizer – da mente disciplinada. A mente sabe que não deve vagar por aí. Ela tem esse conhecimento. No entanto, se for usada de uma maneira apropriada, iluminada, então a luz da alma terá de ir até ela. Quando a luz da alma entra na mente, é muito fácil se concentrar em alguma coisa por horas. Durante esse período, não haverá pensamentos, dúvidas nem medos. Nenhuma força negativa poderá entrar na mente se ela estiver inundada com a luz da alma.

Ao nos concentrarmos, precisaremos sentir que o nosso poder de concentração está vindo do centro do coração e então subindo até o terceiro olho. O centro do coração está localizado no mesmo lugar em que a alma está. Quando pensarmos na alma nesse momento, é melhor não formar nenhuma idéia específica sobre ela e nem tentar imaginar a forma que ela tem. Apenas pensaremos que ela é uma representante de Deus ou luz e deleite ilimitados. Ao nos concentrarmos, tentaremos sentir que a luz da alma está vindo do coração e passando pelo terceiro olho. Com essa luz, entraremos no objeto da concentração e nos identificaremos com ele. O estágio final da concentração é descobrir a Verdade escondida, última, no objeto que está sendo focalizado.

 

JAC_1178Vislumbrando o infinito: meditação

Quando nos concentramos, focalizamos a nossa atenção em algo especial. Entretanto, ao meditarmos, sentimos que temos uma profunda capacidade de ver, lidar e saudar diversas coisas ao mesmo tempo. Quando meditamos, tentamos nos expandir, como um pássaro que abre as asas. Procuramos expandir a nossa consciência finita e entrar na Consciência Universal, em que não há medo, inveja ou dúvida, mas somente alegria, paz e poder divino.

Meditação significa o nosso crescimento consciente no Infinito. Ao meditarmos, o que fazemos, na verdade, é entrar numa mente vazia, calma, silenciosa e permitir que sejamos alimentados e sustentados pela própria Infinidade. Ao meditarmos, queremos comungar apenas com Deus. Agora estou falando em português e você consegue me entender porque sabe bem português. De modo semelhante, quando sabemos como meditar bem, somos capazes de conversar com Deus, porque a meditação é a linguagem que usamos para falar com ele.

 

sri_chinmoy_playing_esrajUm mar de tranqüilidade

Meditar é como ir ao fundo do oceano, onde tudo é calmo e tranqüilo. Na superfície, pode haver muitas ondas. No entanto, mais abaixo, o mar não é afetado por elas. Em suas profundezas mais profundas, o mar é totalmente silencioso. Quando começamos a meditar, tentamos atingir a nossa própria existência interior, a nossa verdadeira existência – ou seja, o fundo do mar. Então, quando vêm as ondas do mundo exterior, não somos afetados. Medo, dúvida, preocupação e toda a agitação mundana simplesmente irão embora, porque dentro de nós existe uma paz sólida. Os pensamentos não podem nos atormentar, porque a nossa mente é toda paz, toda silêncio, toda unicidade. Assim como peixes no oceano, eles pulam e nadam, mas não deixam marcas. Portanto, ao estarmos no nosso estado meditativo mais elevado, sentimos que estamos no mar, e que os animais marítimos não podem nos afetar. Sentimos que somos o céu, e que os pássaros não podem nos afetar. Nossa mente é o céu e nosso coração é o mar infinito. Isso é meditação.

 

por-do-sol-meditacao.jpgTransformando-se na verdade: contemplação

Por meio da concentração, nos tornamos unidirecionados. Por meio da meditação, expandimos a nossa consciência na Vastidão e entramos na consciência dela. Porém, na contemplação, nós nos transformamos na própria Vastidão, e a consciência dela passa a ser nossa. Na contemplação, estamos ao mesmo tempo na nossa mais profunda concentração e na nossa meditação mais elevada. Nós nos transformamos e nos tornamos totalmente unos com a verdade que vimos e sentimos na meditação. Quando estamos nos concentrando em Deus, talvez o sintamos bem diante de nós ou ao nosso lado. Ao meditarmos, é certo que sentiremos a Infinidade, a Eternidade e a Imortalidade dentro de nós. Entretanto, quando estamos contemplando, vemos a nós mesmos como Deus, que nós mesmos somos a Infinidade, a Eternidade e a Imortalidade.

Contemplação significa a nossa unicidade consciente com o Absoluto infinito, eterno. Na contemplação, o Criador e a criação, o amante e o Amado, o conhecedor e o conhecido tornam-se um. Num certo momento, somos o amante divino e Deus é o Amado Supremo. No instante seguinte, trocamos de papéis. Na contemplação, nós nos tornamos unos com o Criador e vemos o universo inteiro dentro de nós. Nesse momento, ao olharmos para a nossa própria existência, não vemos um ser humano. Vemos algo como um dínamo de luz, paz e felicidade.

A concentração entrega a mensagem da vigilância. A meditação entrega a mensagem da vastidão. A contemplação entrega a mensagem da inseparável unicidade.

 

sri-chinmoy-7000lbs-lift.jpgMeditação versus Contemplação

Se meditarmos numa qualidade divina em especial, como a luz, a paz ou a bem-aventurança, ou se meditarmos de maneira abstrata na Infinidade, na Eternidade ou na Imortalidade, durante todo o tempo sentiremos, dentro de nós, um trem expresso indo para frente. Estamos meditando sobre a paz, a luz ou a felicidade, enquanto o trem expresso está em constante movimento. A nossa mente está calma e tranqüila na vastidão da Infinidade, mas existe um movimento. O trem está indo incessantemente em direção à meta. Estamos tendo a visão de uma meta, e a meditação está nos levando até lá.

Na contemplação não é assim. Nela, sentimos o universo inteiro e a Meta mais distante profundamente dentro de nós mesmos. Ao contemplarmos, sentimos que estamos contendo dentro de nós o universo inteiro, com toda a sua luz, paz, felicidade e verdade infinitas. Não há pensamento, nem forma, nem idéia.

Na contemplação, tudo está imerso no rio da consciência. Na nossa contemplação mais elevada, sentimos que não somos nada, mas apenas a própria consciência; formamos uma unidade com o Absoluto. Todavia, quando estamos no nosso estado meditativo mais elevado, existe um movimento dinâmico acontecendo na nossa consciência. Percebemos totalmente o que está ocorrendo tanto no mundo interior como no exterior, mas não somos afetados. Na contemplação também não somos afetados pelo que acontece no mundo interior e no exterior, mas toda a nossa existência transforma-se em parte do universo, que estamos mantendo profundamente em nós mesmos.

 

Curiosidade ou aspiração?

Liliya

Agora ele corre rápido

Ele começou sua jornada interior

Sem amor,

Sem devoção

E sem entrega – apenas por pura curiosidade.

Mas agora, anos depois

Ele corre rápido

Por sua estrada interior

De amor, devoção e entrega.

– Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, Part 93, Agni Press, 1983

 

Temos apenas de começar

Temos apenas de começar nossa jornada interior.

Mesmo aqueles que começam

Por curiosidade

Podem um dia se tornar grandes buscadores.

– Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, Part 80, Agni Press, 1983

 

Eu estava lendo um livro sobre o Dalai Lama e fiquei pensando se eu tinha alguma conexão com o Tibete.

Sri Chinmoy: Por que você quer conhecer o passado? O passado já foi. Você realizou Deus nas suas encarnações interiores? A sua meta é a realização-Deus! Se o passado não lhe permitiu realizar Deus, então para que serve? A curiosidade tola é inútil. Por vezes começamos com curiosidade, e então entramos para a verdadeira espiritualidade. Então aparece uma das duas coisas: frustração, que é destruição; ou flores-esperança, que se tornam belas, mais belas, belíssimas. Por fim enxergamos a realidade, e então temos verdadeira satisfação.

Sri Chinmoy, Sri Chinmoy answers, part 8, Agni Press, 1997

 

(…) Eu sou um daqueles que não valoriza os milagres, pois muitas vezes eles simplesmente alimentam a curiosidade, e há um abismo enorme entre a curiosidade e a aspiração. Mas, ainda assim, alguns Mestres pensam que é recomendável que um indivíduo comece sua jornada espiritual, mesmo se tiver de começar com curiosidade. Por fim, a mesma pessoa adentrará o mundo de verdadeira aspiração.  (…)

Sri Chinmoy, India And Her Miracle-Feast: Come and Enjoy Yourself. Part 1, Agni Press, 1977

 

O fim da sua jornada interior

A curiosidade o tinha levado para ver

Quão ruim o Mestre era.

Ora, muitos anos se passaram

E ele ainda está sentado

Aos pés do Mestre.

A curiosidade vazia foi o começo

Da sua jornada interior.

A unicidade iluminadora será o fim

Da sua jornada interior.

 – Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, Part 80, Agni Press, 1983

 

 

A Jóia da Pureza e a Meditação

aspirationFul.jpgpor Bhumika Barros

Somos todos adultos, não é mesmo? Sendo assim, quando se fala em Pureza, pensamos nisso como um sonho distante, como se fosse algo apenas do mundo infantil…

Mas de fato, a Pureza é uma grande qualidade espiritual que devemos desenvolver se estivermos insatisfeitos com nosso atual estilo de vida.

A Pureza pode estar presente em nossos atos, na nossa postura corporal, nas nossas palavras (na verdade, no que falamos E naquilo que escolhemos ouvir), no que lemos e vemos. Pureza não é um conceito distante. Talvez uma de nossas metas de vida seja justamente a busca por torná-la presente, palpável.

A Pureza na mente, talvez seja uma das mais importantes buscas. Cuidarmos do que pensamos…Sim, já notaram como pensamos coisas inúteis? E pior, como pensamos e falamos coisas ruins? Não só uns dos outros (a famosa ‘fofoca’), mas também de nós mesmos. Quando duvidamos de nós, de nossas capacidades e potencialidades, trazemos à tona talvez a pior das impurezas, a insegurança.

Por que perdemos a Pureza?

Pense no olhar brilhante e sorridente de uma criancinha…Pode haver algo mais puro? E por acaso já não fomos, nós mesmos, uma criancinha com esse mesmo olhar?

Todos terão que responder que sim!

Pois, se fomos, ainda a temos dentro de nós. E podemos buscá-la dentro de nosso coração espiritual. Lá, que é a morada de nossa alma, reside toda a nossa perfeição perdida.

Como buscá-la? Através da Meditação. Sim, feche os olhos e medite em seu coração espiritual, no centro de seu peito. Encontre a sua criança interior. Reveja os olhinhos brilhantes, que você já conhece…eles são seus! Você pode trazê-los de volta à tona, pois nossa criança nunca morreu. Apenas ficou esquecida…

Por que perdemos a Pureza? Porque talvez tenhamos nos deixado levar por falsas propagandas. Talvez o que dizem ser muito importante para a vida, não seja de verdade. Talvez estejamos perdendo nossa Pureza, buscando coisas que nunca nos trazem Paz, Alegria e Felicidades reais.

Busque, busque dentro de você! A jóia da Pureza está mais perto do que pensa…

 

“Purity has the capacity

To immediately destroy

Insecurity and pride.

Purity has the capacity

To immediately create

Oneness with God’s

Transcendental Will.”

– Sri Chinmoy

Rio de Janeiro e o Rio da Consciência

BRA 99 Sri ChinmoyEntre 21 de maio e 01 de junho de 1981, Sri Chinmoy esteve no Brasil, passando a maior parte do tempo no Rio de Janeiro. Sua estadia aqui rendeu um pequeno diário com as memórias da viagem, chamado “Salutations to Brazil”. Nesse livrinho iremos encontrar algumas histórias deliciosas e outras que expressam um pouco a consciência  “malandra” de nossa terra perante um Mestre Espiritual, tal como neste trecho:

“No Rio, fomos a uma loja que anunciava um copo de café por quinze cruzeiros. Demos vinte ao homem. Porém, ao invés de dar o troco, ele nos pediu mais vinte cruzeiros. Alo (sua colega de viagem) ficou furiosa com ele. Quando o motorista do ônibus em que estávamos chegou, ele disse ao homem: “Como é que você pode cobrar mais do que está anunciado?” Finalmente ele deu os cinco cruzeiros de troco.”

Infelizmente essa é uma consciência que, após mais de trinta anos do ocorrido, ainda impera por aqui. Ela tem mudado, é verdade, mas muito lentamente. Seria necessário que mais buscadores espirituais estivessem meditando, com muita sinceridade interior, para que as mudanças no campo espiritual se operassem com mais rapidez.

Nos aforismos de Sri Chinmoy encontramos expressões que correspondem ao estado da nossa consciência:

Um Rio-Vida-Impureza destemidamente flui.

– Sri Chinmoy, My Christmas-New Year-Vacation Aspiration-Prayers, Part 12, Agni Press, 2002

Um Rio-Desejo não possui destino.

– Sri Chinmoy, My Christmas-New Year-Vacation Aspiration-Prayers, Part 38, Agni Press, 2005

 

No entanto, conforme meditamos, acrescentamos pingos de luz que preenchem gradativamente o cenário em que vivemos.

 

O Rio-Vida flui. A Árvore-Paciência cresce.

 – Sri Chinmoy, My Christmas-New Year-Vacation Aspiration-Prayers, Part 14, Agni Press, 2002

 

A meditação no coração, cotidianamente, passo a passo, vai nos levando ao encontro de uma realidade de maior Paz, Felicidade e  Sabedoria.

 

Um barqueiro

Devotadamente ama

O Rio-Vida.

– Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, Part 5, Agni Press, 1998

 

Eu cresço com meu Rio-Coração,

Eu minguo com meu Rio-Mente.

Além desses dois rios,

Sussurram nos meus ouvidos

As canções do eterno Agora.

– Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, Part 33, Agni Press, 1982